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Aos 71 anos de idade, Luiz Inácio Lula da Silva foi
condenado a 9 anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. A condenação do juiz federal Sérgio Moro,
da 13ª Vara Federal, em Curitiba, é a primeira do ex-presidente na
Operação Lava Jato. Moro não decretou a prisão de Lula.
“Entre os crimes de corrupção e de lavagem, há concurso
material, motivo pelo qual as penas somadas chegam a nove anos e seis
meses de reclusão, que reputo definitivas para o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva”, condenou Moro.
+ Procuradoria quer regime fechado para Lula no caso triplex+ O apartamento era do presidente Lula, diz Léo Pinheiro
“Absolvo Luiz Inácio Lula da Silva e José Adelmário Pinheiro
Filho das imputações de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o
armazenamento do acervo presidencial, por falta de prova suficiente da
materialidade.”
É a primeira condenação de Lula na Lava Jato. O
ex-presidente responde como réu em outro processo aberto por Moro e
ainda um na Justiça Federal, no Distrito Federal. Ao condenar Lula, o juiz federal Sérgio Moro poderia ter decretado a prisão do petista, mas não tomou a medida. Moro alegou ‘prudência’ e a necessidade de se evitar ‘certos traumas’.
O juiz destacou na sentença que o réu adotou táticas de
intimidação. “Aliando esse comportamento com os episódios de orientação a
terceiros para destruição de provas, até caberia cogitar a decretação
da prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”
Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Foto: Wilton Junior/Estadão
Líder. A força-tarefa da Lava Jato
considera que Lula era o “líder máximo” do esquema sistematizado de
corrupção descoberto na Petrobrás e replicado em outras estatais e
negócios do governo federal. Por meio dos desvios e arrecadação de
propinas, o petista teria garantido a governabilidade de sua gestão e a
permanência no poder, com o financiamento ilegal das campanhas suas e de
aliados.
Nesse processo, Lula é condenado pelo crime de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. Pelos pagamentos via triplex, ele teria
praticado 3 vezes corrupção passiva entre 11 de outubro de 2006 a 23 de
janeiro de 2012. Nesse mesmo negócio, o petista foi condenado por 3
vezes ter praticado crime de lavagem de dinheiro entre 8 de outubro de
2009 até 2017.
Fachada do Condomínio Solaris, no Guarujá. Foto: MOTTA JR./FUTURA PRESS
Confissão. A confissão, em juízo, de Léo Pinheiro, foi devastadora para Lula nesse processo. Ex-presidente da OAS e empreiteiro do cartel alvo da Lava Jato com maior proximidade com Lula, ele afirmou categoricamente a Moro que que “o apartamento era do presidente”.
“O sr. entende que deu a propriedade do apartamento para o presidente?”, indagou o advogado de Lula Cristiano Zanin Martins.
“O apartamento era do presidente Lula. Desde o dia que me passaram para estudar os empreendimentos da Bancoop já foi me dito que era do presidente Lula e sua família e que eu não comercializasse e tratasse aquilo como propriedade do presidente”, afirmou o empreiteiro.
O Edifício Solaris era da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), a cooperativa fundada nos anos 1990 por um núcleo do PT. Em dificuldade financeira, a Bancoop repassou para a OAS empreendimentos inacabados, o que provocou a revolta de milhares de cooperados – eles protestam na Justiça que a empreiteira cobrou valores muito acima do previso contratualmente. O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi presidente da Bancoop.
A ex-primeira-dama Marisa Letícia (morta em 2017) assinou Termo de Adesão e Compromisso de Participação com a Bancoop e adquiriu ‘uma cota-parte para a implantação do empreendimento então denominado Mar Cantábrico’, atual Solaris, em abril de 2005.
Em 2009, a Bancoop repassou o empreendimento à OAS e deu duas opções aos cooperados: solicitar a devolução dos recursos financeiros integralizados no empreendimento ou adquirir uma unidade da OAS, por um valor pré-estabelecido, utilizando, como parte do pagamento, o valor já pago à Cooperativa. Em 2015, Marisa Letícia pediu a restituição dos valores colocados no empreendimento.
Segundo Léo Pinheiro, a primeira conversa com Vaccari sobre o tríplex ocorreu em 2009.
“O João Vaccari conversou comigo, dizendo que esse apartamento, a família tinha a opção de um apartamento tipo, tinha comprado cotas e tal, mas que esse apartamento que eles tinham comprado estava liberado para eu comercializar. E foi comercializado e foi vendido. E que o triplex, eu não fizesse absolutamente nada em termo de comercialização”, disse.
A SENTENÇA
Continua.....
Fonte: http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/lula-e-condenado-por-moro-a-9-anos-de-prisao/
Se fosse os outros noves dedos talvez ele não roubaria mais.
ResponderExcluirUm ano de condenação para cada dedo.
ResponderExcluirNão, isso não é condenação.
Condenação seria se cortasse logo os nove dedos.
Esse é o nosso Brasil; país de carnaval, futebol e mulher pelada.