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Projeto de usina poderá “aposentar” balsa na região



O caminho mais curto entre os municípios de Barbosa Ferraz e Godoy Moreira é atravessar o Rio Corumbataí nas proximidades da comunidade Tereza Breda. Só que por ali não tem ponte e a travessia há mais de 20 anos é feita por uma balsa, muito utilizada especialmente por produtores rurais. Pela balsa, pouco mais de 20 quilômetros dividem um município do outro. Já pela rodovia asfaltada, passando por Fênix e São João do Ivaí, a distância passa de 70 quilômetros.

No local da travessia o rio mede cerca de 80 metros de largura. O problema é que, além da limitação de peso (até 10 mil quilos), nem sempre a balsa é aprovada pela vistoria anual feita pela Marinha do Brasil. E quando não está de acordo, é interditada até que a situação seja regularizada. “A preocupação da Marinha é a segurança da navegação e por isso a fiscalização é rigorosa”, diz o prefeito de Godoy Moreira, José Gonçalves (PSDB).

O prefeito de Barbosa Ferraz, Edenilson Miliossi, que também é presidente da Comcam, tem buscado apoio de lideranças da região e representantes políticos do Estado para uma solução definitiva e que poderia “aposentar” a balsa. “Como já existem projetos para construção de três usinas no rio e uma delas é perto da passagem da balsa, estamos trabalhando para construção de uma ponte na barragem”, diz Miliossi.

O prefeito de Godoy Moreira concorda: “é uma bandeira que precisamos defender pelo desenvolvimento da região”. Ele lembra que a ligação encurta o caminho não apenas entre os dois municípios como entre uma região e outra. A distância entre o distrito de Tereza Breda e a balsa é de seis quilômetros, dois quais três com cascalho, cerca de dois com pedras irregulares e um quilômetro pela rodovia PR 462.

O prefeito de Barbosa Ferraz disse que nos próximas dias vai discutir o assunto com o governador Ratinho Junior e para isso já pediu o apoio dos deputados que representam a região. “Precisamos agilizar a liberação das licenças para construção das usinas, que além de possibilitar uma travessia mais segura ainda vai gerar energia, empregos e ICMS para os municípios”, justifica Miliossi. Segundo ele, já foram realizados estudos de viabilidade e agora depende do interesse dos municípios para dar sequência aos projetos.

Além de produtores rurais, a balsa é utilizada por pessoas que moram em um município e trabalham em outro. “O comércio das duas cidades também tem interesse e são nossos parceiros nessa luta”, diz Miliossi, ao defender que caso os projetos das usinas não avancem seja adquirida uma balsa nova.

Como não é cobrada taxa pela travessia, a balsa é mantida pelos dois municípios, cada um com um funcionário da prefeitura que se revezam em plantões para conduzir a embarcação. A documentação está em nome do município de Godoy Moreira e segundo o prefeito o custo de manutenção é de aproximadamente R$ 2 mil por mês. Para cumprir exigências da última vistoria da Marinha, Godoy Moreira pagou o custo do ultrassom do casco e Barbosa Ferraz a pintura e solda.

A balsa funciona das 6 às 19 horas. “O dia todo tem muito movimento de maquinários, caminhões, animais e pessoas e queira ou não sempre existe risco, se tratando de uma embarcação flutuando sobre o rio”, observa o prefeito José Gonçalves, ao lembrar que atualmente a embarcação está liberada pela Marinha.
Fonte: Valdir Bonete/Tribuna do Interior

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