Pré-adolescente, José Reinaldo da Cruz Junior, de 13 anos, estava em casa na comunidade rural de Alto Pensamento, em Mamborê, guardando as compras nos armários e esperava os três irmãos, o pai e a mãe para abrir uma caixa de bombons na noite de segunda-feira (2).
Horas antes, a família reunida esteve em Campo Mourão, acompanhando o pai em um exame admissional para um novo emprego conquistado. Na volta, passaram por Mamborê e foram ao supermercado São Paulo, onde fizeram compras.
Junior voltou para casa mais cedo, no interior do veículo que faria a entrega da compra realizada. O dia tinha tudo para analisar da melhor forma possível. Um novo emprego para o pai José Reinaldo da Cruz, de 30 anos, desempregado há dois meses, e doces para comemorar a nova etapa da família. Quase dez quilômetros de distância onde Junior estava, um forte estrondo foi ouvido na pista por volta das 21 horas. Próximo ao trevo de Mamborê, um caminhão em alta velocidade, invadiu a pista contrária e bateu de frente com o velho veículo modelo Escort, que levava a família Cruz.
Com a violência do impacto, o caminhão literalmente passou por cima do carro, transfigurando o Escort em ferragens retorcidas, determinando ali mesmo na pista, o ponto final na existência da pequena Maria Vitória Cruz, 4 anos, do irmão, Luan Gabriel da Cruz, 9 anos, e da irmã, Mariana da Cruz, 11 anos. Os pais – José Reinaldo da Cruz, 34 anos, e Alessandra da Cruz, 31 anos, – também não resistiram. Uma tragédia, provocada pela suspeita de uma irresponsabilidade inimaginável da estupidez humana.
Mamborê amanheceu enlutada na terça-feira (3). Comoção, tristeza e manifestações de dor. Com mãos calejadas pelo trabalho rural, pessoas humildes da comunidade de Alto Pensamento enxugavam as lágrimas. Em meio à eles, Junior parecia entorpecido, demonstrando uma reação de força e de quase incredulidade diante dos caixões lacrados dos irmãos e pais . (I44).
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