

Faxinal
registrou -3.2°C graus na madrugada de 19 de julho. Na região de
Ivaiporã e Apucarana, várias cidades registraram geada moderada.
Agricultores falam em perda na cultura do trigo


A manhã de
quarta-feira, dia 19 de julho, foi gelada na região de Ivaiporã e
Apucarana, de onde nossa reportagem recebeu diversas imagens de
moradores de cidades como: Grandes Rios, Ivaiporã, Jardim Alegre,
Borrazópolis e Faxinal, com registro de formação de geada. O agrônomo
Reginaldo Pavesi, de Faxinal, registou -3.2 negativos na madrugada,
marca considerada histórica; já o Simepar, revelou que as temperaturas
negativas ocorreram em várias regiões, destaque para a região de São
Mateus do Sul, com -5,2°C.
Mesmo no norte e no noroeste paranaense os
valores de temperatura ficaram baixos, com valores entre 2 e 4°C. Para o
agricultor Luiz Carlos Michelin, de Borrazópolis, dá para se fazer uma
análise prematura que a geada foi moderada, mais somente uma semana
depois é que se perceberá o efeito dela nas culturas de trigo. Há quem
aposte em perdas de até 30% em alguns município. Já o milho, somente
plantas mais atrasadas é que podem ter sido afetadas. Em Grandes Rios,
as informações são de que a Cultura de café não foi afetada, mas o
Nelson Menoli, da Emater, estava a Campo para confirmar estes detalhes.
Na manhã de quarta, o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) e o
IAPAR ainda mantinha a previsão de geadas na madrugada desta
quinta-feira, 20 de julho, em toda a zona cafeeira paranaense, que
abrange as regiões do Norte Pioneiro, Norte, Noroeste e parte do Oeste
do Estado. A recomendação para os plantios novos, com até seis meses de
campo, é enterrar as mudas. Viveiros devem ser protegidos com várias
camadas de cobertura plástica ou aquecimento, com a opção de adotar as
duas práticas simultaneamente. Ainda segundo o IAPAR, as baixas
temperaturas que chegaram ao Paraná no dia 17 de julho, podem ocasionar
perdas para a agricultura do Estado, segundo o Departamento de Economia
Rural (Deral), da Secretaria de Estado de Abastecimento e Agricultura.
As lavouras de trigo – em fase de frutificação e maturação, as mais
suscetíveis –, do milho e hortaliças são as que mais preocupam, além da
produção de leite. O trigo, que começou a ser plantado em abril, é a
cultura mais suscetível às mudanças climáticas, pois está em fase de
frutificação e maturação. Cerca de 48% das lavouras está suscetível a
problemas climáticos, principalmente no Sul do Estado, mais afetado pelo
frio. “Por causa do clima, o potencial de produção deste ano, que é de 3
milhões de toneladas, deve ser reduzido”, relata o agrônomo do Deral,
Carlos Hugo Godinho.
Nos últimos anos o inverno no Paraná foi ameno e
não houve perdas significativas. Em 2016, que não teve um inverno tão
rigoroso, 3,5 milhões de toneladas de trigo foram colhidas no Estado.
HORTALIÇAS E LEITE - As hortaliças, de acordo com o coordenador de
conjuntura agropecuária do Deral, Marcelo Garrido, também são sensíveis à
frente fria, assim como o leite. No caso do leite, os produtores
precisam complementar as pastagens perdidas pelas geadas. “É mais uma
questão de aumento do custo de produção do que de perda, como nas outras
culturas”, salienta Garrido.
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