
Gilmar Mendes dá o voto de Minerva e chapa Dilma-Temer não é cassada. Analistas apostam em uma farsa no TSE
Após quatro dias de
julgamento, a maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
votou contra a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições
de 2014, pelas acusações de abuso de poder político e econômico. O
placar da votação ficou em 4 a 3. Como já se previa, o julgamento foi
político e se construiu um farsa no tribunal.
O voto de desempate foi
proferido pelo presidente da corte, ministro Gilmar Mendes. Em seu
voto, Gilmar mencionou que foi o relator do pedido inicial do PSDB para a
reabertura da análise da prestação de contas da chapa Dilma-Temer. Ele
disse, entretanto, que o pedido foi aprovado pelo tribunal para reexame
do material e não para condenação sumária. "Não se trata de abuso de
poder econômico, mas se trata de um dinheiro que sai da campanha e não
disseram para onde vai.
Primeiro é preciso julgar para depois condenar. É
assim que se faz e não fixar uma meta para condenação. O objeto dessa
questão é sensível porque tem como pano de fundo a soberania popular",
defendeu. Também votaram pela absolvição os ministros Napoleão Nunes
Maia, Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira. Luiz Fux e Rosa Weber
acompanharam o relator, Herman Benjamin, pela cassação da chapa. Quatro
dos sete ministros entenderam que não há provas suficientes para
retirar o mandato da chapa.
Além disso, a maioria avaliou que as
delações de ex-executivos da Odebrecht não podem ser incluídas no
julgamento porque não estavam no pedido inicial de cassação, feito pelo
PSDB em 2014. "Não é algum fricote processualista que se quer proteger,
mas o equilíbrio do mandato. Não se substitui um presidente a toda a
hora, mesmo que se queira. A Constituição valoriza a soberania popular, a
despeito do valor das nossas decisões”, disse Gilmar ao proferir seu
voto.
A maioria dos ministros também argumentou que as provas que
restaram, como outros depoimentos de delatores da Operação Lava Jato,
que também citam repasses de propina para a chapa, não são suficientes
para concluir que os recursos desviados para o PT e PMDB abasteceram a
campanha de 2014. Mendes voltou a dizer durante seu voto que “não
cabe ao TSE resolver a crise política” do país, e que falou isso a
políticos que o procuraram para debater o tema.
Ação
Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidente
Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, foram aprovadas com
ressalvas e por unanimidade no TSE. No entanto, o processo foi reaberto
porque o PSDB entrou com uma ação na Corte por suspeitas de
irregularidade nos repasses a gráficas que prestaram serviços à campanha
eleitoral de Dilma e Temer. Neste ano, o relator Herman Benjamin
incluiu no processo o depoimento dos delatores ligados à empreiteira
Odebrecht investigados na Operação Lava Jato. Os ex-executivos relataram
que fizeram repasses ilegais para a campanha presidencial.
Defesa
- A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e
sustenta que todo o processo de contratação das empresas e de
distribuição dos produtos foi documentado e monitorado. A defesa do
presidente Michel Temer diz que a campanha eleitoral do PMDB não tem
relação com os pagamentos suspeitos. De acordo com os advogados, não se
tem conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento dos serviços.
(Agência Brasil)
Esse é o nosso país Bordel; ops Brasil; que foi roubado dos índios.
ResponderExcluirDeveriam é explodir essa m*****.