A 6ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região (TRF4) concedeu benefício assistencial a um paranaense de
Astorga de 52 anos que é dependente de álcool e vive em estado de
miserabilidade. O benefício, no valor de um salário mínimo mensal,
deverá ser implantado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no
prazo de 45 dias.
O homem apelou ao tribunal após ter o
auxílio negado em primeira instância. Segundo o perito, ele sofre de
transtorno mental e de comportamento devido à dependência ativa de
álcool. “É doença crônica, que causa desejo forte ou senso de compulsão
para consumir álcool, dificuldade de controlar início, término e
consumo, tolerância, abstinência fisiológica, entre outras”, diz o
laudo.
Quanto à condição econômica, o autor mora numa peça nos fundos da casa da mãe, idosa de 73 anos de idade que vive com um salário mínimo de pensão. Segundo o relator, juiz federal Hermes Siedler da Conceição Júnior, juiz federal convocado para atuar no TRF4, “a incapacidade para a vida independente a que se refere a Lei 8.742/93, que trata da assistência social, deve ser interpretada de forma a garantir o benefício assistencial a uma maior gama possível de pessoas com deficiência.
O magistrado salientou em seu voto que as provas anexadas aos autos apontam a incapacidade laborativa do autor, ratificada por testemunhas. Siedler da Conceição frisou que durante a entrevista de perícia social o autor estava embriagado e com sinais visíveis de insanidade mental.
“A incapacidade para a vida independente não exige que a pessoa possua uma vida vegetativa ou seja incapaz de se locomover, de se alimentar ou de fazer a própria higiene”, afirmou o magistrado, explicando que o benefício pode ser concedido ainda que não haja uma total dependência do beneficiado. (GoioNews/Decisões Judiciais).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela participação.