
O Brasil abriu o placar com o gol de Neymar, aos 26 minutos de
jogo, em cobrança de falta. Em comemoração, Neymar repetiu o gesto de
imitar um raio do jamaicano tricampeão olímpico de atletismo, Usain
Bolt, presente no estádio. Bolt vibrou com o gol de Neymar. Empate -
Meyer, da Alemanha empatou, aos 13 minutos do segundo tempo. O gol de
ocorreu após uma falha da defesa brasileira, numa bola rebatida. A
partir daí, as duas equipes fizeram um jogo tenso com várias chances de
gols perdidas pelas duas seleções. História de uma conquista - Foram
necessários 64 anos, mas a seleção brasileira enfim chega ao ouro nos
Jogos Olímpicos, numa conquista que serve de redenção para uma geração
de jogadores que, pelo menos, desde a Copa do Mundo no Brasil, em 2014,
vinha sendo apontada como desprovida de grandes craques, assim como a
responsável pelo rebaixamento da seleção brasileira do papel de
protagonista para o de coadjuvante no futebol mundial. Quis também o
destino que o ouro fosse proporcionado por uma vitória sobre a Alemanha,
país que derrotou o Brasil por 7 x 1 na semifinal do Mundial de 2014,
no Brasil. O feito de agora passou longe de ser encarado pelos
brasileiros como uma revanche para o fiasco de dois anos atrás. Um dos
motivos é o de a seleção olímpica alemã ter em seu elenco somente um
jogador que estava presente no Mundial, o zagueiro reserva Mathias
Gunter. Mas esse foi um ingrediente a mais para incrementar o sabor de
ganhar em casa um título há muito sonhado. A perseguição ao ouro
olímpico, último grande título internacional que faltava ao Brasil no
futebol, ganhou contornos de obsessão nas últimas décadas, sentimento
que acabou catalisado nestes Jogos Olímpicos, pelo fato do elenco jogar
em casa, na primeira Olimpíada na América do Sul. História começa em
Helsinque O Brasil estreou nos Jogos Olímpicos em 1952, em Helsinki,
quando ficou em quinto lugar, após uma derrota nas quartas de final
justamente para a Alemanha. Desde então foram conquistados dois bronzes,
em Atlanta (1996) e Pequim (2008). As pratas foram fruto de três
derrotas em finais: em Los Angeles para a França, em 1984; em Seul para a
União Soviética, em 1988; e em Londres para o México, em 2012. Foram
necessárias portanto quatro finais para que os jogadores brasileiros
finalmente pendurassem o ouro no pescoço, numa competição que ao longo
dos anos ficou marcada pela zebra, tendo como medalhistas no passado
países sem nenhuma chance em Copas do Mundo, como Bulgária, Suíça, Japão
e Camarões. O fenômeno se deve à restrição imposta pelo Comitê Olímpico
Internacional (COI) e pela Federação Internacional de Futebol (Fifa),
que permitem a participação nos Jogos somente de atletas abaixo dos 23
anos, com três exceções para cada país. A medida serve para amenizar o
protagonismo midiático do futebol sobre outros esportes e equilibrar o
torneio, ao contribuir para a ausência de grandes craques. Uma dessas
zebras foi a marcante derrota dos brasileiros para a Nigéria na
semifinal de 1996, em Atlanta, quando a seleção era comandada por Zagalo
e tinha os astros Bebeto, Ronaldo e Rivaldo na dianteira. O Brasil
marcou um gol de falta logo nos primeiros dois minutos e terminou o
primeiro tempo vencendo por 3 x 1. Mas a equipe derreteu na segunda
etapa, cedendo o empate no tempo regulamentar. Na prorrogação, tomou o
gol de ouro. Na disputa pelo bronze, o time se recuperou, goleando
Portugal por 5 x 0. (Agência Brasil)
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