O prefeito de Fênix, Edwaldo Gomes de Souza
(PDT) recebeu em três meses o segundo alerta de gastos com a folha de pagamento
dos servidores públicos municipais do Tribunal de Contas do Estado do Paraná
(TCE-PR). O Tribunal constatou neste mês de fevereiro que o município está
extrapolando o limite prudencial de 95% das despesas com pessoal. Ele já havia
sido notificado sobre a situação no final de outubro do ano passado.
De acordo com o TCE,
Fênix atingiu o índice de 54,40% da receita corrente líquida com pessoal e
impôs algumas medidas cautelares a Gomes.
Devido a situação, o
prefeito está proibido de concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação
de remuneração a qualquer título; criação de cargo, emprego ou função;
alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; provimento
de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título e
contratação de hora extra.
A Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF) preconiza em até 54% o gasto do orçamento
municipal com a folha dos funcionários, mas o município atinge cerca de 55%. O
problema, segundo o prefeito, é que a maioria do pessoal é concursada, o que
dificulta o gestor na hora dos cortes ou demissões. "Desde que fomos
notificados no ano passado já estamos tomando providências, mas não temos muito
que fazer porque nossa equipe é praticamente toda concursada", explicou.
De acordo com Souza, a
receita do município tem sofrido constantes quedas dificultando até mesmo na
hora de a prefeitura honrar com a folha de pagamento. Ele comentou que o
principal fator para que o município extrapolasse o limite de gastos com
pessoal foi a diminuição de receita e o aumento das tarifas, como água e
energia elétrica, por exemplo. "As contas para o município aumentam muito
no período, mas a arrecadação caiu em contrapartida", lamentou. O prefeito
acrescentou que para conseguir os ajustes está cortando gastos em diversas
áreas. Fonte: Walter Pereira/Tribuna do Interior.
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