
Foram presos no sábado (23) os dois indivíduos acusados de estuprar uma
menina de 11 anos e a tia dela, de 31 anos, que foi morta por esganadura,
durante um assalto a uma residência em Sarandi, na região metropolitana de
Maringá. A dona da casa, avó e mãe das outras duas vítimas, respectivamente,
também foi agredida. O celular que havia sido roubado também foi recuperado.
O primeiro suspeito foi preso durante a madrugada, após praticar furto
na rodoviária de Paranavaí (a 77 quilômetros de Maringá), para onde havia
fugido na sexta-feira (22), após a divulgação do retrato falado dele pela imprensa.
Ao ser levado para a delegacia em Paranavaí, o detido negou o crime por horas a
fio, mas entrou em várias contradições a respeito do local onde morava. No
entanto, chegou a confirmar que esteve na casa da avó, moradora de Sarandi, na
tarde de quarta-feira (20). Somente à tarde, já sem respostas convincentes,
assumiu o crime para o delegado Reginaldo Caetano da Silva, que comanda as
investigações. Chorando muito, o rapaz disse que estava bêbado e drogado,
porém, não tinha intenção de matar Rosimeire Oliveira de Souza. Queria
apertar-lhe o pescoço para que desmaiasse.
O jovem detido após a divulgação do retrato falado esteve preso por
roubo tentado a residência até a quarta-feira passada. Foi para audiência de
custódia no Fórum e colocado em liberdade pelo fato de o crime ter ficado
apenas na tentativa e não ter ocorrido violência contra os moradores.
O preso delatou o comparsa, que foi detido em seguida na periferia de
Sarandi. Ambos os detidos não tiveram nomes nem idades divulgados. A
apresentação deles deve ocorrer na segunda-feira (25), na 9ª Subdivisão
Policial (SDP) de Maringá.
As vítimas – a menina e a avó - estavam em choque e davam informações
distorcidas a respeito do crime, situação que trazia certa confusão na investigação.
No caso do retrato falado, por exemplo, garota disse que piercing do acusado
era na sobrancelha direita. Na verdade, era na esquerda. Ambas falaram ainda em
três invasores, mas eram apenas dois.
O trabalho de prisão da dupla exigiu um trabalho de mais de 48h
ininterruptas da Polícia Civil de Sarandi que, diante da gravidade do crime,
teve suporte da 9ª SDP de Maringá, que disponibilizou investigadores da Seção
de Furtos e Roubos e Delegacia de Homicídios para auxiliar nas investigações. A
Polícia Militar (PM) de Sarandi e Maringá liberaram equipes de rondas e do
serviço reservado, e a Polícia Federal contribuiu com a cessão de um perito para
confecção do retrato falado.
O delegado Reginaldo Caetano da Silva destacou que o trabalho dos órgãos
de imprensa na divulgação maciça do retrato falado foi fundamental para a
identificação e prisão do acusado em Paranavaí.
Durante as investigações, a Polícia Civil de Sarandi checou mais de duas
dezenas de denúncias anônimas que apontavam suspeitos em diversos pontos da
cidade. Também foram checados arquivos dos sistemas da polícia, cadeias e
unidades prisionais de toda a região. O diário.
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