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Pré-assentamento Dorothy Stang foi ameaçado de despejo no ano passado – Foto: Divulgação/MST |
A cidade de Barbosa Ferraz será sede da 30ª edição da Romaria da Terra do Paraná no próximo domingo (19). O evento acontece na Paróquia Nossa Senhora das Graças e terá como lema para reflexão “Com direito e justiça, a paz supera a violência no campo.”
Milhares de romeiros, trabalhadores sem-terra, pastorais, sindicatos, movimentos ou grupos deverão participar da Romaria da Terra em Barbosa Ferraz.
A recepção será feita nas entradas da cidade e o pedido dos organizadores é que os participantes levem caneca, chapéu, agasalho, guarda-chuva, calçado confortável, bandeiras, faixas e cartazes que possam contribuir na ambientação e reflexão.
O bispo diocesano dom Bruno Versari disse que todos serão bem-vindos ao evento. “Venham de onde vier, sejam bem-vindos tragam disposição, alegria e fé. Vamos celebrar com fervor nossa esperança e clamar ao Deus que criou a terra e nela colocou o homem para cuidar e cultivar, para que todos, do campo e da cidade, que dela dependem, possam viver em paz”, disse dom Bruno em entrevista ao Jornal Servindo.
Nestes 30 anos de Romaria da Terra no Paraná, o evento já foi celebrado em cidades, acampamentos, junto às comunidades nativas e em tantos lugares, sempre resultando em reflexões e abordagens sobre temas atuais. Nesta edição do evento, é o momento de refletir e de trocar experiências sobre o que tem acontecido ao longo do tempo não só no Paraná, mas em todo o país.
A 31ª Romaria da Terra faz parte do Calendário do Regional Sul 2 da CNBB e é promovida pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). A Paróquia Nossa Senhora das Graças de Barbosa Ferraz faz parte da Diocese de Campo Mourão e apoia o evento.
De acordo com Padre Dirceu Fumagalli, coordenador regional e assessor arquidiocesano da Pastoral da Terra, a escolha da cidade de Barbosa Ferraz para acolher a romaria deve-se à violência sistêmica que a população do campo tem vivido naquele local, com constantes ameaças de despejos.
“Barbosa Ferraz tem o pré-assentamento Dorothy Stang. Eles estão lá há 12 anos, mas constantemente são ameaçados de despejos e no ano passado ele praticamente foi marcado para ser despejado. Só não foi por causa das articulações inclusive da própria Igreja do Paraná, dos bispos, do poder local, dos movimentos. É nesse contexto que, a partir dali, a gente quer refletir a realidade do Paraná”, disse o padre.
Fonte: Tá Sabendo/Clodoaldo Bonete
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