Por Nelson Carlos Ferreira
Barbosa Ferraz-Pr, mesmo tendo uma colonização tranquila, comparada a outros municípios, teve também aqui algumas mortes e violências praticadas no período inicial deste Município. Vamos iniciar uma morte polêmica envolvendo o agricultor senhor Ulisses, esposo da professora Jozélia, quando aconteceu o crime na estrada do Baixadão já no início da lavoura do mesmo, o qual foi pego de tocaia, por um atirador com espingarda que se posicionou atrás de um toco de árvore, dando-lhe um tiro fatal.
Mas os comentários da época foram diversos, inicialmente disseram que dois adolescentes viram o contratante pagando o pistoleiro, mas esses adolescentes foram calados por seus pais, no entanto algumas pessoas tentaram ir denunciar o caso em Campo Mourão, mas foram ameaçados por pessoas estranhas e o caso acabou arquivado por falta de autores conhecidos e provas
Outro caso de violência foi a morte do delegado nomeado José Meira, o que aconteceu inicialmente foi uma briga e fofocas de mulheres e o delegado prendeu uma das mulheres, no entanto o esposo da mulher presa, procurou o delegado logo a seguir e pediu ao delegado para soltar sua esposa, mas o delegado informou ao esposo que a mesma deveria ficar presa por 24 horas para ser punida por agressão a outra mulher.
Na parte da tarde o esposo procurou novamente o delegado e pediu para o delegado soltar sua esposa e o delegado se recusou. Porém, a noite, o esposo voltou novamente e procurou o delegado e adentrou a casa do delegado e pediu que soltasse sua esposa, porque o bebezinho estava chorando de fome e precisava mamar e o delegado disse novamente que só no dia seguinte pela manhã, então o esposo ficou em pé e desferiu uma facada no peito do delegado que veio a falecer no momento.
O criminoso, fugiu passou numa casa perto da ponte na saída para o Ourilândia e pediu a um morador que avisasse sua esposa que quando a mesma saísse da prisão era para ela ir para a fazenda do ex-governador Ademar de Barros, que ele estaria la e que na fazenda do Ademar de Barros policia nenhuma entrava.
Mas depois virou história, pois os policiais de Campo Mourão acompanhados do sub-delegado Valdemar Amorim, saíram a procura do criminoso, e não o encontraram, contaram que acharam a pista do mesmo na mata e que quando estava perto apareceu um cachorro preto e desviou a trajetória da policia.
Depois os policiais estavam dormindo na mata esperando amanhecer para continuar a procura, mas alguém urinou na cabeça do policial, o qual olhou e todos seus colegas estavam dormindo e ele nunca soube quem fez a sujeira em sua cabeça.
Outra morte também envolvendo outro delegado nomeado senhor Henrique, havia um soldado por apelido de boneca, esse policial prendeu um agricultou, honesto e trabalhador, e avisaram o delegado que pediu ao policial para soltar o agricultor, mas o soldado se recusou, então o delegado pediu para o soldado dar-lhe a chave da cadeia que ele iria soltar o agricultor, então o delegado foi retirar as chaves que estava pendurada na cintura do policial que empurrou o delegado, este então derrubou o policial e o agarrou, deitando em cima do soldado, mas este pegou um punhal e enfiou o punhal no coração do delegado que faleceu na hora em cima do policial, que fugiu da cidade em um caminhão de milho, mas foi pego no trevo de Fênix, pelo Zé Soldado, que era muito querido aqui em Barbosa Ferraz, quando aqui trabalhou.
Outro caso foi de um homem valente e lutador de capoeira apelidado de Capichabinha, o qual era temido e valente e batia em todo mundo, então chegou um soldado em Barbosa Ferraz, também valente, então esse Capichabinha resolver ir fazer uma serenata em frente a delegacia, onde morava o soldado, mas o soldado não saiu de dentro de casa, então o Capichabinha voltou ao bar que fica naquela casa abandonada perto da rodoviária, a casa era de madeira, mas para a surpresa do valentão o soldado veio a procura dele e os dois começaram a discutir e o valentão deu uma rasteira no soldado e o jogou ao chão e quando ele pulou encima do soldado este lhe desferiu dois tiros um no peito e o outro na barriga, mas o senhor Gilberto Sujos, colocou o valentão no Jeep para leva-lo para ser atendido em Mandaguari, mas morreu antes de chegar onde é hoje o Ginásio de Esportes.
Outro caso, mas sem morte, foi que aqui na cidade havia um tenente de nome Aparecido e um soldado amigo dele, e os dois patrulhava a cidade e a zona rural a cavalo e esse tenente usava sempre o cavalo mais bonito da cidade que pertencia ao senhor José de Souza. Porém, havia um soldado destacado no distrito de Pocinho, e esse soldado teve um desentendimento com o Tenente Aparecido que deu voz de prisão ao soldado que inconformado agrediu o tenente, o derrubou ao chão e tirou-lhe a arma, mas o outro soldado amigo do Tenente, foi puxar a arma para atirar no agressor do tenente, mas inesperadamente o delegado nomeado naquela época Valdemar Amorim, tomou a arma do soldado, e os vencedores soldado do Pocinho e o delegado Valdemar, colocou o tenente e o soldado a correr da cidade, porém, anos depois esse tenente era coronel e foi comandante do Batalhão da policia de Foz do Iguaçu.
São casos também de nossa história.
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