Na
tarde desta sexta-feira (25) o Município de Barbosa Ferraz fez uma
carreata pela cidade para demostrar o apoio a greve dos
caminhoneiros. O comércio da cidade encerrou as atividades ás 17:00
e um bom grupo de pessoas se juntaram aos manifestantes que já
estavam na entrada da cidade.
A
carreata iniciou em frente ao Ginásio de Esportes, e passou pelo
centro da cidade retornando ao local de onde começou.
O
governo do Paraná anunciou, na tarde desta sexta-feira (25), que vai
abrir mão de solicitar o apoio de forças nacionais de segurança
pública para desbloquear rodovias afetadas pela greve dos
caminhoneiros. O chefe da Casa Militar, coronel Maurício Tortato,
destacou que a prioridade do estado é apostar no “diálogo
equilibrado” e nas negociações com os caminhoneiros que, segundo
ele, estão se desenrolando de forma bastante satisfatória. O
posicionamento do Paraná ocorreu após o presidente Michel Temer
(MDB) ter anunciado em cadeia nacional que o governo federal
autorizou o uso de forças federais para acabar com as manifestações.
“Não
imaginamos que tenhamos a necessidade de utilizar a força (...) No
Paraná, não temos situações conflagradas que possam sugerir o uso
da força”, disse o coronel.
Pela
manhã - antes mesmo do anúncio de Temer - , a Secretaria de Estado
da Segurança Pública (Sesp) recebeu um telefonema da Força
Nacional de Segurança, oferecendo apoio para desbloquear as
estradas. À tarde, as autoridades estaduais fizeram uma
videoconferência com a cúpula federal, mas descartaram o reforço.
No entanto, o secretário de Segurança do Paraná, Júlio Reis,
apontou que a pasta monitora continuamente o desenrolar da
manifestação - que já soma mais de 240 pontos de bloqueio em todo
o Paraná.
“Nós
estamos de prontidão e vamos continuar analisando”, disse o
secretário.
Diálogo e acordo
O
principal fator que levou o Paraná a recusar o apoio federal é o
fato de as negociações com os caminhoneiros estarem caminhando
dentro do que o governo do estado espera. Na noite de quinta-feira
(24), a Defesa Civil do Paraná e os líderes dos caminhoneiros
firmaram um acordo, por meio do qual os manifestantes se
comprometeram a liberar o passagem de cargas consideradas essenciais
- como insumos hospitalares, ração animal, cargas vivas e
combustível para ambulâncias e viaturas.
“Nós
estabelecemos prioridades e elas estão sendo respeitadas”, resumiu
o coronel.
A
expectativa do governo é de que, a partir deste acordo, os efeitos
da greve possam ser minimizados - o que já vem ocorrendo em alguns
setores produtivos. Como exemplo, Tortato mencionou que os fluxos de
ração para a indústria avícola já ocorrem dentro do previsto,
com o insumo chegando normalmente aos produtores. Apesar disso, o
coronel mencionou que houve alguns poucos casos pontuais em que os
manifestantes se negaram a liberar as cargas, mas todos esses
episódios foram, segundo ele, rapidamente solucionados com a
negociação de órgãos de segurança.
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