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Dia Mundial da Aids: Casos da doença aumentam entre jovens em CM e região


Clodoaldo Bonete/Tribuna do Interior

O Dia Mundial de Combate à Aids é comemorado em 1º de dezembro e tem por função primordial alertar toda a sociedade sobre essa doença. A data foi escolhida pela Organização Mundial de Saúde e é celebrada anualmente desde 1988 no Brasil, um ano após a Assembleia Mundial de Saúde que fixou a data de comemoração. A nível local a data expõe também números preocupantes: apenas em 2017, Campo Mourão e região registraram 80 novos casos da doença, sendo a metade dos pacientes de Campo Mourão e 70% jovens, com idade entre 19 a 29 anos.


Como muita gente costuma se “arriscar sexualmente”, sem tomar os devidos cuidados e ainda não procuram fazer o teste, a enfermeira do Ambulatório de DST/Aids de Campo Mourão, Ana Lúcia Cardoso, explica que esse número pode ser muito maior. “A gente costuma considerar que para cada um soropositivo, existem mais quatro pessoas contaminadas com o vírus, portanto é possível que a região tenha cerca de 300 novos casos, apenas este ano”, revela Ana Lúcia.

A facilidade de contato entre os jovens por meio das redes sociais pode explicar o descontrole do vírus nessa faixa etária. De acordo com a enfermeira, jovens e até adolescentes acabam não tendo a responsabilidade que precisariam ter perante uma doença que ainda não tem cura. “Com base nesses números percebemos o quanto as pessoas estão vulneráveis, fragilizadas frente a essa epidemia, principalmente os jovens. A maioria dos pacientes que nos procurou são homens, que se relacionaram com outros homens. Muitas são pessoas cultas, universitários, ou seja, pessoas dotadas de conhecimento, mas que não estão tendo o auto-cuidado na hora do sexo. Quando se fala em Aids é preciso lembrar que todos somos vulneráveis”, revela a enfermeira.

Ana Lucia explica que o Ministério da Saúde disponibiliza medicamento próprio para pessoas que se arriscam sexualmente. “A pessoa toma a medicação o mais rápido possível, mas é importante lembrar que esse medicamento não está disponível todos os dias. Só é liberado para um ou outro caso em que a pessoa se arriscou”, alerta ela.

400 pacientes

Atualmente o Ambulatório de DST/Aids de Campo Mourão atende cerca de 400 pacientes de toda a região. Por ser uma patologia crônica e ainda sem cura, o paciente passa anos em tratamento. “A Aids começou há cerca de 30 anos e continuamos atendendo pacientes antigos. Ou seja, o paciente vem para o atendimento e fica sendo acompanhado por nossa equipe.”

De janeiro até agora, foram também cinco óbitos motivados pela doença. “O que orientamos as pessoas é que procurem fazer o teste, caso tenham se arriscado. Tivemos o caso de uma mulher da região, de 39 anos, que teve vários parceiros e quando chegou ao hospital de Campo Mourão já estava em coma e acabou morrendo. Ao fazer o teste descobrimos que ela era soropositivo, ou seja, uma mulher nova que se tivesse descoberto a doença no início não teria morrido. É esse tipo de coisa que não queremos que aconteça.”

Nesta sexta-feira, serão realizadas palestras sobre o tema em algumas empresas da região. Já amanhã, no calçadão central de Campo Mourão, em frente ao Shopping Antares, a secretaria de Saúde fará teste na população de HIV, Sifilies e Hepatite, a partir das 9 horas.


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