
Chuvas no Rio Grande do Sul deixam 3 mortos e 73 cidades em estado de emergência
O temporal destruiu a localidade de Vila Oliva, no interior de Caxias do Sul, na serra gaúcha,
no dia 08 de junho. “Eu não sei o que foi isso aqui. Não tenho ideia
do que é isso aqui”, lamenta Maria Casagrande, agricultora. Árvores e
postes de energia ficaram pelo chão. O vento forte tombou até caminhões e
150 casas foram atingidas.
“Se tu corria para um lado caia uma telha,
de repente caia uma madeira, uma tábua. Criança chorando. É
aterrorizante”, conta o caseiro Lucélio de Souza. A casa de um casal de
idosos foi arrastada pelo vendaval. Claudina Rech Bertim, de 78 anos,
morreu em meio aos escombros. O marido teve ferimentos e não corre risco
de vida. O temporal também destruiu casas em Charrua, norte gaúcho, e
Maratá, a 90 quilômetros de Porto Alegre. A prefeitura decretou
calamidade pública.
Leonardo foi acordado pela tormenta. Olhando o que
sobrou, tem a certeza de que escapou por milagre. “Vendo o tamanho da
destruição não se imaginava que ainda ia estar vivo. Tem que começar do
zero”, disse o agricultor Leonardo Röeder. Num bairro da Zona Leste de
Porto Alegre, o córrego transbordou na madrugada desta quarta-feira (7),
invadiu várias casas, arrastou duas residências. Uma mulher está
desaparecida. A família passou o dia acompanhando as buscas por Karine
Goncalves, de 31 anos.
A companheira dela conseguiu se salvar.“Eles
desceram juntas grudadas pela mão. Porém, ambas gritavam socorro. Daí,
como a água estava muito forte, conseguiram pegar a Daiana”, contou
Daiane Gonçalves. Mais de dez mil pessoas estão fora de casa no Rio
Grande do Sul; 73 cidades decretaram emergência por causa da chuva. O
mau tempo também atinge Santa Catarina. No Oeste do estado, ventos de
até cem quilômetros por hora deixaram casas destelhadas; 24 mil pessoas
foram atingidas pelas cheias dos rios.
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