Clodoaldo Bonete/Tribuna do Interior
A 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão registrou a
primeira morte por gripe na Comcam. Trata-se de uma jovem de 19 anos, que
morava em Quinta do Sol. Depois de ser atendida no próprio município, ao
apresentar os primeiros sintomas da doença, o quadro se agravou e ela foi
encaminhada para um hospital de Maringá, onde permaneceu internada por quase um
mês. Na semana passada a jovem acabou não resistindo à doença.
A moradora de Quinta do Sol foi acometida pela Influenza
sazonal A (H3), um dos vírus circulantes na região. A diretora da 11ª Regional
de Saúde, Elenita Mortean lamentou o ocorrido e reforçou o alerta para que
todos tomem as medidas básicas de higienização das mãos, que se hidratem mais
vezes ao dia e que evitem ambientes fechados. “Precisamos intensificar a
vacinação para grupos prioritários, fazer campanhas de comportamento
preventivo, como manter ambiente arejado, higiene das mãos, uso de álcool gel,
bloqueio de perdigotos ao tossir ou espirrar, além da hidratação. Outra dica a
toda da população é buscar o atendimento precoce por serviço de saúde nos
sinais de gripe”, afirma Elenita.
A chefe da Regional de Saúde lembra também que é
fundamental mobilizar e capacitar profissionais de saúde de serviços públicos e
privados, hospitalar e ambulatorial, da atenção primária, secundária e
terciária sobre a diferença de resfriado e gripe, além da prescrição de
Tamiflu. “A gripe é diferente do resfriado. Se a pessoa começa a ter sintomas
de febre alta associada a dores na garganta e dificuldade de respirar deve
procurar a unidade de saúde para iniciar o tratamento. Temos vários pacientes
de Campo Mourão e região em tratamento com o Tamiflu (indicado para o
tratamento e prevenção da gripe em adultos e crianças com idade superior a 1
ano), pois são vários vírus circulantes na região, por isso não estamos livres
de uma epidemia neste período de inverno. No ano passado registramos cinco
mortes e o vírus circulante era o H1N1”, explica.
Quanto à morte ocorrida em Quinta do Sol, o caso ainda
está sendo apurado. “Vamos apurar se a unidade de saúde havia prescrito o
Tamiflu ou não. Baseado em evidências científicas, podemos afirmar que o uso do
medicamento em tempo oportuno reduz o risco de gravidade e morte pela doença,
por isso as equipes de enfermagem, médico, farmacêutico, entre outros precisam
ficar atentos para identificar, evitando que casos de gripe saiam dos serviços
sem a indicação e oferta do Tamiflu.”
Elenita lembra que a vacina contra a gripe protege contra
as formas mais graves da doença, mas lamenta que muita gente que faz parte dos
grupos prioritários acabou não sendo imunizada durante a campanha nacional de
vacinação. “Cumprimos a meta na região, mas alguns municípios deixaram a
desejar principalmente os grupos de crianças e de gestantes que não alcançaram
os 90% de vacinação. Outras cidades ficaram em baixa também com outros grupos
de risco, que precisam ser imunizados.” Em 2017, já são 119 casos confirmados
de gripe no Estado e 13 mortes pela doença.
Tosse e espirro
Uma das maneiras mais fáceis dos vírus da gripe e do
resfriado serem transmitidos é pela tosse ou espirro das pessoas infectadas.
Para prevenir-se contra estas doenças, a Secretaria de Estado da Saúde reforça
que cuidados básicos podem fazer toda a diferença. “A boa higiene das mãos é
uma ótima forma de se prevenir contra a gripe e o resfriado. Por isso lembre-se
de sempre lavar as mãos com água e sabão e, em épocas de frio, evite lugares
com muitas pessoas e pouca circulação de ar”, orienta o coordenador do Centro
Estadual de Epidemiologia, João Luiz Crivellaro.
Tratamento
Uma das principais armas no combate à influenza é o
Oseltamivir (popularmente conhecido como Tamiflu). Este medicamento é indicado
para todas os pacientes que apresentarem suspeita de gripe. “O Oseltamivir é um
antiviral específico para o tratamento de influenza e o Paraná mantém um
estoque regulador deste medicamento, suficiente para atender a demanda da
população”, ressaltou Renato Lopes.
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