Movimentação na
Capital e as expectativas para o depoimento do ex-presidente Lula em
Curitiba é o principal destaque da imprensa nacional
Segundo o Gazeta do Povo, apoiadores do ex-presidente falam em atrair a Curitiba milhares de manifestantes para o interrogatório do petista. Organizadores dos atos pró-Lula dizem que as 68 entidades da Frente Brasil Popular, além de outros movimentos sociais, artistas, intelectuais e representantes de partidos de esquerda, estarão na cidade. Os números são superlativos e, se confirmados, serão usados para mostrar que Lula conta com apoio popular em sua luta contra a Lava Jato.
Apesar disso, a “invasão vermelha” à capital paranaense tem como
base o tripé que tradicionalmente sustentou Lula politicamente e que
sempre esteve com ele: Partidos dos Trabalhadores, CUT e MST. Em
palestra, na véspera do depoimento, o Juiz reafirmou que não quer que os
apoiadores da Lava Jato façam manifesto porque não será julgador de um
dos dos lados, mas sim da verdade e do que for apurado.
SOBRE DEPOIMENTO - A
defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu ao Superior
Tribunal de Justiça para adiar o depoimento marcado para esta
quarta-feira. A defesa de Lula pede a suspensão do processo por noventa
dias para poder analisar documentos. O recurso também pede para que o
STJ considere o juiz Sérgio Moro suspeito para julgar a ação penal. Os
advogados de Lula já haviam recorrido ao Tribunal Regional Federal da
Quarta Região que negou. O depoimento do ex-presidente com o juiz Sérgio
moro está marcado para o início da tarde desta quarta-feira em
Curitiba.
O G1 informou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
será interrogado na primeira instância da Justiça, nesta quarta-feira. A
audiência deve começar às 14h na sede da Justiça Federal em Curitiba. É
o primeiro depoimento de Lula na presença de Moro e na condição de réu.
Neste processo, Lula é acusado de receber R$ 3,7 milhões em propina,
de forma dissimulada, da empreiteira OAS. Em troca, ela seria
beneficiada em contratos com a Petrobras. Segundo o Ministério Público
Federal (MPF), a OAS destinou ao ex-presidente um apartamento triplex,
em Guarujá (SP), fez reformas neste mesmo imóvel e também pagou a guarda
de bens de Lula em um depósito da transportadora Granero.
O MPF
denunciou o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em
14 de setembro 2016. Seis dias depois, a Justiça aceitou a denúncia, e
Lula e outras sete pessoas viraram réus (veja a lista completa). Entre
eles, estava a ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu em fevereiro
deste ano. Desde que foi denunciado, Lula tem negado o recebimento de
propinas e o favorecimento da OAS na Petrobras. A defesa diz que o MPF
não tem provas que sustentem a denúncia.
Segundo advogados, a mulher de
Lula tinha uma cota no condomínio do triplex, mas a vendeu quando a OAS
assumiu a obra. Eles alegam que Lula e Marisa chegaram a visitar o
apartamento citado na denúncia porque planejavam comprá-lo – o que
acabou não ocorrendo. A defesa também nega irregularidades no apoio
oferecido pela empreiteira para guardar os bens do ex-presidente. Em
novembro do ano passado, Lula prestou depoimento a Moro por
videoconferência como testemunha de defesa do deputado cassado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ).
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