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Campo Mourão e região sem estoque de vacina contra gripe



 Clodoaldo Bonete/Tribuna do Interior

A 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão anunciou ontem que alguns municípios da região estão com estoque zerado da vacina contra a gripe H1N1. A campanha nacional de vacinação começou no dia 17 de abril e termina em 26 de maio. Campo Mourão também iniciou a semana sem a vacina nas unidades de saúde. 
A orientação, inclusive, é para que as pessoas que fazem parte do grupo prioritário não procurem os postos entre hoje e amanhã. “Para não correr o risco de perder a viagem, orientamos para que as pessoas liguem para a unidade de saúde ou para a Secretaria de Saúde para certificar-se de que a vacina já tenha chegado”, diz Edna Simão, enfermeira responsável pelo setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Mourão.

Segundo ela, um novo lote de doses da vacina deverá ser entregue nesta quarta-feira à Regional de Saúde. “Caso chegue mesmo nesta quarta-feira, será feita a distribuição e as unidades de saúde já deverão voltar a vacinar a partir de quinta-feira à tarde ou sexta-feira, por isso pedimos para que as pessoas entrem contato antes”, explica ela.

Para se ter uma ideia, Campo Mourão conta com pelo menos 26 mil pessoas no grupo prioritário da campanha, mas até o momento só recebeu a metade das doses que precisa. “Recebemos 13 mil doses da vacina, e estamos na expectativa de que o restante chegue esta semana para que as pessoas sejam imunizadas. As temperaturas já começaram a cair e o Dia D da vacinação será no dia 13 de maio, quando esperamos estar com tudo regularizado”, afirma.

Região

A falta de vacina compromete o andamento da campanha também na região. De acordo com a enfermeira Evandra Cristina Pereira, da Vigilância Epidemiológica da 11ª Regional de Saúde, até o momento apenas 41,06% da população que precisa ser vacina foi atendida na Comcam. “A meta é vacinar 90% do grupo prioritário e até agora não chegamos à metade. Mas está previsto para ser regularizado esta semana e ai o atendimento volta ao normal. O problema é que recebemos menos do que era esperado e por isso acabou faltando”, explicou.

A campanha deste ano inclui, pela primeira vez, os profissionais de educação no grupo prioritário. Cerca de 2,3 milhões de professores de escolas das redes pública e privada devem ser imunizados nos postos de saúde de todo o país. Além de professores, idosos, trabalhadores do setor de saúde, crianças de 6 meses até 5 anos, gestantes, mulheres no pós-parto, indígenas, população privada de liberdade, inclusive os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, e pessoas com doenças crônicas continuam como público-alvo da vacinação.

A vacina permite a proteção contra os vírus A (H1N1), H3N2 e influenza B. Como os vírus são mutantes, a composição da vacina é feita somente depois da indicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre as cepas (variações dos vírus) que circularam com mais frequência nos últimos meses na região. Segundo a OMS, em 2016 a cepa do vírus A(H1N1) foi alterada, o que levou à produção de uma nova composição para a campanha deste ano.

Dia D

O Ministério da Saúde espera que pelo menos 54 milhões de pessoas sejam imunizadas até o dia 26 de maio, prazo final da campanha. O dia D da mobilização será em 13 de maio. O principal objetivo da campanha é reduzir as hospitalizações e a ocorrência de mortes relacionadas à influenza. Segundo o Ministério da Saúde, estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de internações por pneumonia e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da gripe. Em 2016, o país registrou a maior incidência dos casos de gripe desde a pandemia iniciada em 2009. Mais de 2.200 pessoas morreram no ano passado por problemas relacionados à gripe. De janeiro a abril deste ano ocorreram 48 mortes.

Apesar de a incidência de casos estar num ritmo bem menor do que o registrado no ano passado, o Ministério da Saúde alerta para a necessidade de se vacinar o quanto antes e garantir que a proteção seja efetiva no período de maior vulnerabilidade, o inverno. Além de buscar a imunização, o Ministério recomenda que a população lave as mãos várias vezes ao dia, cubra o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evite tocar o rosto, não compartilhe objetos de uso pessoal, mantenha os ambientes bem ventilados e evite a permanência em locais com aglomeração.

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