Trinta e três presos foram brutalmente assassinados no maior presídio de Roraima
Trinta e três presos
foram assassinados na madrugada dessa sexta-feira (6 de janeiro, de
2017) na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, a maior de Roraima. O
caso acontece quatro dias depois da morte de 60 detentos de duas cadeias
de Manaus. Desde cedo o clima de tensão era grande com a movimentação
de parentes e de policiais. O Bope foi para dentro da penitenciaria,
assim como a cúpula da Secretaria de Justiça.
Carros de empresas
funerárias ajudam a retirar os corpos dos presos. A área da
penitenciaria foi isolada e viaturas da Polícia Rodoviária e da Polícia
Federal entraram para reforçar a segurança. A penitenciária tem mais de
1400 presos, mas a capacidade é para apena 750. Em outubro do ano
passado, 10 presos morreram em um confronto entre facções criminosas. Na
época, houve transferência de detentos para cadeias de outras cidades e
também para outros estados. O governo de Roraima disse que ninguém
fugiu da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.
O ministro da Justiça,
Alexandre Moraes, viajou para Roraima, antes, mais cedo, durante o
lançamento do Plano de Segurança do Governo, ele falou sobre o massacre:
“Pelas informações iniciais, três eram estupradores, demais eram rivais
internos que haviam traído os demais. Na linguagem popular seria um
acerto interno, o que não retira em momento nenhum a gravidade dos
fatos. A questão da madrugada em Roraima preciso pegar mais informações,
diz-se que se trata de um acerto interno de contas”.
NOTA DO GOVERNO FEDERAL - Veja
na íntegra: O presidente Michel Temer telefonou para a governadora de
Roraima, Suely Campos, colocando todos os meios federais à disposição
para auxiliar em ações de segurança pública, após a morte de mais de 30
presidiários na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. Temer lamentou o
episódio e se solidarizou com o povo do Estado.
A governadora informou
que a situação já se encontra sob controle e, neste momento, não será
necessária a presença federal. Ela agradeceu a liberação pelo governo
federal de R$ 45 milhões do Fundo Penitenciário, na última semana de
2016, para a construção de nova unidade prisional e para compra de
equipamentos e armamentos destinados à área de segurança de Roraima.
Ficou acertado que as autoridades estaduais manterão permanente contato
com o Ministério da Justiça para trocar informações sobre a evolução da
situação de segurança em Boa Vista", diz nota.
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