O ex-presidente de Cuba,
Fidel Castro, morreu às 22h29 da noite desta sexta-feira (25 de
novembro), aos 90 anos, na capital Havana. A informação foi divulgada
pelo seu irmão Raúl Castro em pronunciamento na TV estatal cubana. "Com
profunda dor é que compareço para informar ao nosso povo, aos amigos da
nossa América e do mundo que hoje, 25 de novembro do 2016, às 22h29,
faleceu o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz", disse Raúl
Castro.
DOENÇA - Na
noite de 31 de julho de 2006, Fidel Castro surpreendeu Cuba e o mundo
com o anúncio de que cedia o poder ao irmão Raúl, em caráter provisório,
depois de sofrer hemorragias. Foi a primeira vez que saiu do poder.
Sem revelar qual doença o afetava, Fidel admitiu que esteve à beira da
morte. Perdeu quase 20 quilos nos primeiros 34 dias de crise, passou por
várias cirurgias e dependeu por muitos meses de cateteres.
Em dezembro
de 2007, o comandante cubano já havia expressado em uma mensagem
escrita que não estava aferrado ao poder, nem obstruiria a passagem das
novas gerações, mas em janeiro foi eleito deputado e ficou tecnicamente
habilitado para uma reeleição – o que não ocorreu. Desde março de 2007,
já afastado do cenário público, sendo visto apenas em vídeos e fotos,
Fidel Castro se dedicava a escrever artigos para a imprensa sob o título
de "Reflexões do Comandante-em-Chefe". Fidel deixou o poder
definitivamente em fevereiro de 2008. Em um texto publicado no jornal
estatal “Granma”, ele anunciou sua renúncia.
GESTÃO - A
gestão de Fidel foi marcada pela erradicação do analfabetismo e da
desnutrição, além de ter obtido a menor taxa de mortalidade infantil. No
entanto, ele também foi muito criticado pelo autoritarismo. Fidel
Castro nunca foi eleito por meio do voto direto, não permitiu a criação
de partidos de oposição e acabou com a liberdade de imprensa. (G1 e CBN)
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