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Foto - CBN Cascavel |
Professores decidiram que haverá greve geral por tempo indeterminado em todo Estado do Paraná
No
feriado de 12 de outubro, de 2016, vários sites destacaram esta notícia,
entre eles o Gazeta do Povo, o qual informou que os professores da rede
estadual de ensino do Paraná decidiram nesta quarta-feira (12) aprovar o
indicativo de greve geral por tempo indeterminado a partir da próxima
segunda-feira (17 de outubro) em todo o Paraná. Clique aqui para ver a nota publicada pela APP - Sindicato. Cerca
de 4 mil pessoas participaram da assembleia da categoria, em Curitiba. A
decisão foi tomada um dia depois de o governo do estado suspender a
tramitação, na Assembleia Legislativa, do projeto de lei que adia o
reajuste salarial do funcionalismo público que estava programado para
janeiro. As reivindicações da greve são justamente a retirada das
emendas da Lei de Diretrizes Orçamentarias (LDO) do Executivo que afetem
o cumprimento da data base da categoria; o pagamento e implantação de
promoções e progressões; a equiparação de salários dos funcionários das
escolas com o salário mínimo regional; o abono das faltas registradas no
dia 29 de abril de 2015; e o reajuste do vale transporte dos
professores contratados em regime de Processo Seletivo Simplificado
(PSS).
Além disso, foram incluídas demandas nacionais na pauta dos
professores. A categoria é contra a Medida Provisória (MP) do Ensino
Médio; contra a PEC do Teto de Gastos; e contra a reforma da
previdência. De última hora, os profissionais chegaram a votar uma
proposta de greve apenas parcial, mas a ideia foi rejeitada. Alguns
professores contrários à deflagração da greve alegaram o recuo do
governo do estado na questão da data base da categoria e que a categoria
começaria a paralisação enfraquecida. A decisão pela greve é uma
resposta à proposta do governador Beto Richa (PSDB) de suspender por
tempo indeterminado o reajuste de todo o funcionalismo público estadual.
Conforme o Executivo, a data-base deve ser quitada depois que todas as
promoções e progressões devidas sejam implantadas e pagas no estado. No
ano passado, Richa já havia se comprometido a pagar integralmente a
inflação de 2016 aos servidores, acrescida de 1%, em 2017. O governo,
porém, argumenta que suspendeu o trâmite do projeto no Legislativo para
que a questão possa ser debatida com os funcionários públicos. Para o
dia 19, está convocada uma reunião com todas as categorias, na qual o
Executivo pretende apresentar a situação financeira do estado e abrir
espaço para que técnicos da Fazenda expliquem os números aos servidores.
“Queremos fazer tudo de forma muito transparente. Não adianta nos
comprometermos com os servidores e, na metade do ano que vem, estarmos
na mesma situação dos outros estados”, afirmou o chefe da Casa Civil,
Valdir Rossoni.
“Hoje mesmo recebi um email de um professor do Rio
Grande do Sul me relatando que tem recebido o salário em parcelas de
R$ 180. Felizmente estamos numa situação muito melhor e queremos
continuar assim, num equilíbrio saudável das contas públicas.”.
OUTRO MANIFESTO - Os professores aproveitaram a assembleia dessa
quarta-feira para manifestar apoio aos estudantes que ocupam diversas
escolas do estado em protesto contra a MP do Ensino Médio. Em todo o
Paraná já são 210 escolas estaduais ocupadas por alunos que protestam
contra a reforma. Os professores criticam tanto o conteúdo quanto o
método adotado para a reforma. Nesta quinta-feira (13 de outubro), os
núcleos de educação de todo o estado vão realizar debates sobre a MP. Em
Curitiba, a reunião acontece às 9 horas no Canal da Música. O sindicato
que representa a categoria incentivou todos os profissionais a
participarem dos debates, que ocorrem em todo o Paraná.
OUTRO LADO - A
Secretaria de Estado da Educação (Seed) lamentou a deflagração da greve
e alegou que a decisão dos professores prejudica mais de um milhão de
estudantes em todo o estado. Em nota, a Seed destacou que tem mantido
com a categoria um diálogo aberto, com a realização periódica de
reuniões na secretaria e na Casa Civil. “Todas as demandas dos
professores e funcionários da educação estão sendo analisadas. Em
relação à principal reivindicação, do pagamento das promoções e
progressões, o estado pretende implantar esses pagamentos a partir de
janeiro de 2017”, diz um trecho da nota.
O calendário letivo deste ano
se encerraria apenas no dia 21 de dezembro, por causa da greve de 2015.
As escolas precisam cumprir anualmente um calendário com 800 horas aulas
distribuídos em pelo menos 200 dias letivos. Em caso de paralisações
por parte dos professores, ou por parte dos alunos, como no caso das
ocupações, as aulas perdidas devem ser repostas. Ainda não há definição
de como será a reposição dos dias perdidos na greve deste ano, uma vez
que ainda não é possível saber por quanto tempo os professores ficarão em estado de greve. Link da fonte
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