Julgamento de Dilma, presidente afastada, deve durar uma semana
O
julgamento começa com o depoimento das oito testemunhas; abre com as
duas de acusação e depois falam as seis de defesa. Ficou acertado entre
os senadores que os depoimentos têm que ser concluídos até domingo (28
de agosto) à noite.
Na segunda-feira (29 agosto), às 9h, a presidente
afastada, Dilma Rousseff, vai se sentar na cadeira e vai ficar à
esquerda do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo
Lewandowski, que comandará a sessão. A presidente afastada vai ficar
frente a frente com os 81 senadores. Primeiro, Dilma Rousseff vai fazer
um pronunciamento de defesa, por 30 minutos. Depois, vai ficar à
disposição para responder a todas as perguntas dos senadores.
Cada
senador terá cinco minutos para fazer as perguntas. Ela pode ficar em
silêncio, se quiser. Encerrado o depoimento de Dilma, falam os autores
da acusação e o advogado de defesa. Em seguida, haverá debate entre os
senadores. Só aí vem o momento decisivo: o voto, em que o senador coloca
a senha e escolhe entre abstenção, sim e não. A escolha será exibida no
painel eletrônico. A previsão é de uma sessão longa, que dure até
sete dias. Um ambiente que vai ser muito frequentado pelos senadores é o
cafezinho. Lá eles vão passar muito tempo, comendo alguma coisa,
relaxando para recarregar as baterias. O julgamento para todo dia por
uma hora para o almoço e para o jantar. E a cada quatro horas pode ser
suspenso por meia hora. Cabe a Lewandowski decidir se suspende o
julgamento durante as noites e madrugadas. A previsão é que o veredito
saia até a madrugada do dia 31. Dilma será afastada definitivamente se
pelo menos dois terços, 54 senadores, votarem a favor do impeachment. Se
for absolvida, ela reassumirá a Presidência imediatamente. (JN)
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