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Quadrilha de Querência do Norte e Loanda transportava diariamente R$ 1,5 milhão em cigarros


A Polícia Federal de Maringá apresentou o resultado da Operação Pleura, deflagrada na manhã desta terça-feira (12) para desbaratar uma organização criminosa de contrabando de cigarros, com ação no extremo noroeste do Paraná. Foram expedidos 38 mandados, sendo 17 de busca e apreensão (todos cumpridos) e 21 de prisão.
                              
Dos 21 mandados de prisão, 15 eram contra brasileiros e 11 foram detidos nesta terça-feira. Seis paraguaios serão colocados na lista de foragidos da Interpol. Cerca de cem policiais federais atuaram em Loanda, Querência do Norte, Capanema, Tupã (SP) e Naviraí (MS).
                             
Pelos rios Paraná e Ivaí, a quadrilha trazia diariamente 2,5 mil caixas de cigarros avaliadas em R$ 1,5 milhão, que causavam R$ 1,5 bilhão ao ano em prejuízos aos cofres públicos por sonegação fiscal.
COMO FUNCIONAVA
                              
A partir de 2012, a Polícia Federal passou a notar a utilização de uma nova rota fluvial para transporte de cigarros contrabandeados. Os criminosos traziam as cargas de Salto del Guairá, no Paraguai, mas ao invés de descarregarem em Guaíra, passaram a seguir até Querência do Norte, que faz divisa aquática com Naviraí (MS).
                              
A quadrilha mantinha uma grande rede de olheiros, batedores, condutores de barcos e escolta armada, fazendo um acompanhamento detalhado do trabalho policial. Para a investigação da Operação Pleura, a Polícia Federal teve que lançar mão de agentes infiltrados, camuflagem e rotas alternativas, por exemplo, para não ser descoberta.
                              
O delegado Alexander Noronha Dias contou que os bandidos iam em grandes comboios, com 20 a 30 embarcações bastante potentes, avaliadas em R$ 100 mil cada. A quadrilha tinha grande poder aquisitivo e fazia a pronta reposição de um barco quando outro era apreendido.
 
NÚCLEOS
                              
Apesar de utilizar a mesma infraestrutura física, a organização criminosa tinha dois núcleos contábeis. Um deles era chefiado por dois irmãos, um médico e um advogado, cujas casas foram vistoriadas nesta terça-feira, com a apreensão de munições e anotações financeiras dos cigarros.
 
O médico trabalhava em dois hospitais públicos, em Santa Cruz do Monte Castelo e Santa Isabel do Ivaí. Entre procedimentos e consultas, ele chegava a resolver questões do contrabando, inclusive se ausentando em alguns períodos, o que era alvo de reclamação por parte dos funcionários.
 
Outro núcleo era comandado por uma família, moradora de Querência do Norte e Loanda, que teve oito integrantes presos, cinco deles só nesta terça-feira. (Massa News).

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