
Com 55 votos favoráveis e 22 votos contra, o senado aceitou o pedido de abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff
O
Senado aceitou, por 55 votos a favor, 22 contra, e 78 presenças, no
início da manhã desta quinta-feira (12 de maio), o pedido de abertura do
processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ela deixa a
Presidência um ano e quatro meses depois de assumir seu segundo mandato.
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume interinamente assim que
Dilma for comunicada oficialmente sobre o afastamento. Ela terá de
assinar um documento e, a partir daí, será obrigada a deixar o Planalto.
A sessão durou 20 horas e meia. Dilma pode ficar afastada por até 180
dias, mas o processo no Senado pode ser mais rápido.
Se for considerada
culpada, sai do cargo definitivamente e perde os direitos políticos por
oito anos (não pode se candidatar a nenhum cargo). Temer será o
presidente até o fim de 2018. Se for inocentada, volta à Presidência.
Para que o processo que resulta no afastamento da presidente fosse
instaurado, eram necessários ao menos 41 votos (maioria simples)
favoráveis.
Os senadores discursaram por quase 20 horas. A primeira a
falar, Ana Amélia (PP-RS), começou às 11h20 da quarta-feira. O último,
Raimundo Lira (PMDB-PB), terminou às 5h45 da quinta-feira. Depois de
encerrado o debate, o relator da comissão do impeachment no Senado,
Antonio Anastasia (PSDB-MG) falou por 15 minutos, seguido pelo ministro
da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, que falou pela
defesa de Dilma.
Esta é a segunda vez em 24 anos que um presidente da
República é afastado temporariamente para julgamento após uma decisão do
Senado. Em outubro de 1992, o Senado abriu o julgamento do então
presidente Fernando Collor de Mello, na época filiado ao PRN. Collor
renunciou antes de ser julgado. Mesmo assim, teve seus direitos
políticos cassados pelo Senado por oito anos. Em 2014, o STF (Supremo
Tribunal Federal) o absolveu por falta de provas.
O Presidente do PT,
divulgou uma nota longa, dizendo que aceitação do processo é
continuidade do golpe; que o PT não vai desistir, e termina a nota com
um 'fora Temer".
Fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela participação.