Hoje eu agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de ter sido um PeaceKeepers, por ter participado da Missão de Paz da ONU no Haiti em 2010.
No
dia de hoje, o mundo todo presta um tributo coletivo aos capacetes
azuis das Nações Unidas, estes homens e mulheres que empregam sua
coragem, seu auto sacrifício e seu mais altruísta senso de dever em nome
da paz.
Essa
jornada começou no dia 29 de maio 1948, quando observadores militares
foram enviados para monitorar o acordo de cessar fogo entre Israel e
seus vizinhos árabes, naquela que ficou consagrada, em retrospectiva,
como a primeira Missão de Paz das Nações Unidas.
Desde
então, 69 missões de paz da ONU foram desdobradas, em um esforço
conjunto que já mobilizou centenas de milhares de militares e dezenas de
milhares de policiais e de civis.
Estes
heróis, provenientes de mais de 120 países contribuintes, tornam-se, no
exercício de suas missões como mantenedores da paz, verdadeiros
cidadãos do mundo.
A
participação em operações de paz da ONU vem-se consagrando como uma das
mais importantes facetas do engajamento brasileiro em nome da paz e da
segurança internacional.
O Brasil se orgulha de sua contribuição para as operações de paz das Nações Unidas.

Atualmente,
os peacekeepers brasileiros trabalham em 10 das 17 operações de paz da
ONU, e isso significa tanto um grande reconhecimento quanto uma grande
responsabilidade.
A liderança no Haiti oferece valiosa oportunidade de aprendizado e de aprimoramento de nossas capacidades.
O
comando do componente militar da missão de estabilização da ONU naquele
país, a MINUSTAH, há mais de dez anos, vem permitindo ao Brasil
demonstrar sua capacidade de gerenciamento de conflitos de forma
diferenciada com resultados significativos.
Por
meio do comando da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações
Unidas do Líbano, a UNIFIL, e de seu navio-capitânia, mantido com
considerável esforço logístico, o Brasil contribui significativamente
para a segurança de uma região sensível e estratégica.
Além
disso, adquire uma visão de mundo distinta, que lhe permite melhor
avaliar os riscos do presente e as oportunidades de atuação em futuras
missões.
A
Missão das Nações Unidas de Estabilização na República Democrática do
Congo, a MONUSCO, tem inédito mandato robusto de uso da força de seu
componente militar, focado na proteção de civis e comandado pelo General
brasileiro Santos Cruz.
Consciente
da necessidade de atualização decorrente da evolução dos conflitos e
ameaças contemporâneos, o Brasil engaja-se também no processo de revisão
das operações de paz da ONU, ora em curso, seja por meio de sugestões
de aperfeiçoamento normativo, como foi o caso da proposta do conceito de
“responsabilidade ao proteger”, seja por sua contribuição para o Painel
de Alto Nível sobre Operações de Paz.
No
Brasil, contamos com o Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil, o
CCOPAB, cuja excelência em termos de preparo é reconhecida
internacionalmente.
Nos
últimos dez anos, o CCOPAB já recebeu mais de 24 mil alunos – muitos
vindos de diversos países – para cursar os estágios que vão desde a
preparação para missões individuais e de contingentes até estágios
temáticos como o de desminagem humanitária ou o de coordenação
civil-militar.
Neste
ano, o Centro realizará a primeira edição do Curso de Proteção de
Civis, em uma iniciativa que dialoga muito positivamente com as
necessidades e os mandatos das operações de paz contemporâneas.
Por meio de seus peacekeepers, o Brasil irradia a paz e leva ao mundo o que tem de melhor.
Neste
29 de maio, presto homenagem aos capacetes azuis brasileiros –
militares, policiais e civis que, comprometidos com a construção da paz ,
elevam o nome da nação brasileira no cenário internacional.
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Obrigado pela participação.