Cidades do PR fazem “vaquinha” para comprar fuzis e munições para a Polícia, diz matéria do Jornal Gazeta do Povo
VEJA A MATÉRIA: A
falta de armamento e a sensação de insegurança – principalmente o medo
de assaltos a bancos – fez com que o Conselho Comunitário de Segurança
(Conseg) de pelo menos seis cidades do interior do Paraná arrecadasse
dinheiro entre os próprios moradores para comprar fuzis e munições para a
Polícia Militar (PM).
Os fuzis foram adquiridos a um custo médio de R$
7,6 mil a unidade e devem chegar aos policiais dos municípios em abril.
Nesta semana, associações militares denunciaram que o Paraná cortou pela
metade a verba destinada à compra de armas.
As cidades que recorreram à
vaquinha para comprar os artefatos são Sarandi (que tem 90 mil
habitantes), Mandaguari (32 mil moradores), Ivaiporã (32 mil), Faxinal
(17 mil habitantes), Borrazópolis (7 mil) e Lidianópolis (3,7 mil
habitantes), todas localizadas na região Noroeste. Em geral, o
principal problema de segurança desses municípios são pequenos delitos
relacionados ao tráfico e consumo de drogas, mas, de uns tempos pra cá,
os moradores vivem assombrados com a onda de assaltos a agências
bancárias, nos quais as quadrilhas usam armas longas.
Nas cidades
menores, ficam apenas dois policiais por turno, armados com pistolas.
Com os problemas estruturais crônicos das forças policiais, os Consegs
decidiram agir. “Diante da omissão do Estado, nós tivemos que resolver
o problema. O empresariado foi assimilando isso e hoje toda a
comunidade ajuda”, disse o advogado Márcio Augusto de Oliveira Santos,
presidente do Conseg de Mandaguari.
Além dos dois fuzis já comprados, a
entidade pretende adquirir mais uma metralhadora e duas carabinas 9
milímetros. “O perigo está aí. O Estado precisa demonstrar força”,
justificou. Em Faxinal, o Conseg também fechou a compra de um fuzil
para fazer frente às quadrilhas e o pretende instalar, nos próximos
meses, câmeras de segurança nas entradas da cidade.
O conselho prepara
ainda um estudo sobre a viabilidade de montar uma guarda municipal. O
exemplo de Faxinal motivou as cidades vizinhas a se articularem e também
comprar armas longas. “O Estado não dá esses armamentos de calibre
mais pesado para cidades pequenas. Nossa intenção é fortalecer o poder
de fogo dos policiais, que arriscam a vida para nos defender”, apontou o
presidente do Conseg local, Cláudio Aparecido Aleixo, que também é
secretário de obras de Faxinal. CLIQUE AQUI e veja mais detalhes no próprio site da Gazeta do Povo.
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