
Lula vai para Casa Civil e, Jaques Wagner, para a chefia de gabinete
A presidente Dilma
Rousseff decidiu, depois de muitas horas de reunião, que o ex-presidente
Lula vai ocupar a Casa Civil do governo, no lugar de Jaques Wagner, que
vai para a chefia de gabinete, dizem líderes petistas. Logo após a
conversa que definiu que Lula vai se tornar ministro, o líder do governo
na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), publicou a informação em
sua conta pessoal no Twitter.
Líder do governo na Câmara, José
Guimarães (PT-CE), diz que Lula é novo ministro da Casa Civil O líder
do PT na Câmara, Afonso Florence (PT-BA), também confirmou a ida de Lula
para o governo. Florence deu a informação a jornalistas no Salão Verde
da Casa. "O presidente Lula vai para a Casa Civil para ajudar na saída
da crise. Ele veio na hora certa, que o Brasil precisa. O compromisso
do presidente Lula ao assumir a Casa Civil se restringe especificamente à
contribuição que ele poderá dar ao Brasil para ajudar o país a sair da
crise política e da crise econômica", afirmou Florence. "Sem dúvida, é
uma boa notícia pra o povo brasileiro", concluiu.
A decisão foi
tomada depois de muita conversa entre o ex-presidente e Dilma. Ele
chegou a Brasília na tarde desta terça-feira (15) e, no período da
noite, ficou mais de 4 horas reunido com a presidente. O encontro não
foi suficiente para acertar todos os detalhes e, por isso, teve de ser
retomado nesta manhã. As mudanças devem ir além da nomeação de Lula.
Dilma discute uma reforma mais ampla do primeiro escalão do governo e
deve mexer em outras peças do ministério.
A presença de Lula no Planalto
deve também levar mudanças para a área da economia. O ex-presidente
pressiona por uma guinada nos rumos das políticas econômica e monetára,
com o uso das reservas internacionais para abatimento de dívidas e uma
pressão pela redução da taxa de juros, criando um populismo fiscal.
Lula tem defendido o nome do ex-presidente do Banco Central Henrique
Meirelles para o governo.
O atual presidente do Banco Central, Alexandre
Tombini, tem demonstrado incômodo com as notícias de mudança de rumos
das políticas econômica e monetária. O governo se esforça para convencer
que a ida de Lula para o Palácio do Planalto é para tentar salvar o
mandato da presidente Dilma. Já a oposição afirma que o oferecimento de
um ministério para Lula é para blindá-lo no campo da Justiça. A
consequência prática é que Lula se livra da mira do juiz federal Sérgio
Moro, em Curitiba, já que passaria a ter como foro o Supremo Tribunal
Federal.
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