Um familiar de Paulo
Henrique Duarte, 26 anos, morto a tiros por um policial militar que estava de
folga na madrugada desta terça-feira em uma boate de Campo Mourão, procurou a
TRIBUNA para prestar esclarecimentos sobre o episódio. A informação de que o
rapaz estaria armado e pronto para assaltar o estabelecimento quando foi
baleado pelo policial foi contestada pela família. Segundo as informações,
Paulinho, como era mais conhecido era um rapaz trabalhador e que nunca se
envolveu com o crime. Inclusive teria até trabalhado na boate, que fica
localizada na Perimetral Tancredo Neves.
“Era
um rapaz muito gente boa e trabalhador, inclusive gostava até de cantar e tocar
na boate de vez em quando. Como é que ele iria assaltar o local onde já
trabalhou, se nunca foi envolvido com o crime?”, questionam os familiares. Pela
versão apresentada pelo policial e divulgada no Boletim de Ocorrências do 11º
Batalhão da Polícia Militar, o soldado da PM só atirou para se defender e
evitar que outros se ferissem após o rapaz anunciar o assalto ao dono do
estabelecimento.
A
versão apresentada ao quartel e posteriormente para a imprensa é de que
Paulinho estava acompanhado de outro suspeito que acabou fugindo. A família,
porém, insiste que o rapaz não era bandido e que até estava usando crachá do
trabalho quando foi morto. “Ele nunca precisou disso, pois era trabalhador, uma
pessoa honesta. Se essa versão tivesse sentido porque ele estava sem capacete
então e até com crachá no peito, se identificando. Não podemos mais trazer o
Paulinho de volta, por isso exigimos uma investigação bem feita e que esclareça
a verdade.” Fonte: Clodoaldo Bonete/Tribuna do Interior.
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