A Associação dos Oficiais Policiais e Bombeiros Militares do Estado
do Paraná - ASSOFEPAR, por decisão dos seus Conselheiros, em referência
ao texto elaborado pelo Cap. Neomar Christian Potuk, que trata do grau
de prioridade que a gestão orçamentária estatal vem dando aos processos
de aquisição de armamento para a PMPR, vem pela presente manifestar seu
integral apoio.
Expressa de forma técnica e responsável a situação comprometedora e
dramática dos recursos materiais disponíveis ao serviço operacional da
Corporação. Destaca a flagrante insuficiência de armas longas,
indispensáveis às equipes táticas e de apoio, comprometendo severamente a
segurança dos Militares Estaduais que se expõem diariamente na defesa
do cidadão paranaense.
Além desta situação delicada, quanto ao armamento, ainda o Policial
Militar se depara com a insuficiência de coletes de proteção balística,
peças de fardamento e equipamentos de proteção individual.
No tocante aos veículos (viaturas) destinados ao policiamento
ostensivo, preventivo e repressivo desenvolvido continuamente em todos
os municípios do Estado, os Militares Estaduais convivem há vários meses
com improvisação e precariedade. A frota é insuficiente e a maioria
dela se encontra em péssimas ou sem condições de uso. Isso por falhas na
gestão dos recursos públicos.
Não bastassem as limitações decorrentes da falta de armamentos,
equipamentos e viaturas, os Policias Militares precisam conviver com o
inadimplemento de valores que deveriam integrar os seus subsídios.
Diferenças salariais decorrentes de promoções e progressões de carreira,
além de outros direitos incontestáveis como indenizações resultantes de
remoções e horas aulas ministradas em cursos da Corporação estão sendo
recebidas somente pela via judicial.
No intuito de buscar alternativas para a problemática vivenciada, bem
como para retratar os prejuízos na qualidade dos serviços prestados em
prol da comunidade paranaense, a Associação dos Oficiais Policiais e
Bombeiros Militares do Estado do Paraná – ASSOFEPAR, tem procurado de
várias formas sensibilizar as diversas Secretarias de Governo.
Especialmente a Secretaria de Segurança Pública vem sendo procurada,
por ser a gestora dos recursos e a responsável pelo fornecimento de
meios para a Corporação e seu efetivo. Documentos foram elaborados
relatando esta precária condição, assim como requerendo medidas
administrativas para a necessária correção. Contudo, não se têm
respostas.
Na prática, o que se observa é a inércia que vem sendo interpretada
como descaso, incompetência e falta de interesse. Os Militares Estaduais
precisam que seus direitos sejam respeitados para que tenham condições
de defender os direitos da população paranaense.
Quando os Militares Estaduais desenvolvem suas atividades
profissionais sem as condições materiais mínimas, convivem com o risco
de vida aumentado e com o desrespeito aos seus direitos mais
elementares, a insegurança pública é resultado previsto. O quadro seria
outro, caso a Corporação tivesse autonomia financeira.
Enquanto responsável pela polícia ostensiva e de preservação da ordem
pública em todo o Estado, a PMPR precisa ter autonomia para gerir o seu
orçamento, como ocorre com as Instituições Militares de várias Unidades
da Federação. Não pode ficar na total dependência de pessoas que não
conhecem a realidade administrativa e operacional da Corporação.
Respeito! É o que se espera.
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