Beto Richa (PSDB), que teve o nome citado pelo delator da Operação
Publicano, Luiz Antônio de Souza, em depoimento prestado em maio do ano
passado. Conforme Souza, a campanha à reeleição do tucano, em 2014,
recebeu cerca de R$ 4 milhões do esquema de cobrança de propina descoberto
dentro da Receita Estadual em Londrina.
O STJ abriu o processo a pedido da Procuradoria-Geral da República
(PGR), que acompanha as investigações da Publicano desde que o nome do
governador foi citado. Ao Bonde, a PGR confirmou que o inquérito foi
aberto, mas adiantou não poder passar detalhes das investigações por conta de o
caso correr em segredo de Justiça.
O órgão vai esperar o STJ concluir a apuração para decidir se apresenta
denúncia contra Richa ou arquiva o caso. Não há prazo para a finalização dos
trabalhos, ainda conforme a PGR.
O Bonde fez uma pesquisa no site do SJT e confirmou que o caso
está sob sigilo judicial, e que as investigações tiveram início na
segunda-feira (1º).
Tanto Richa quanto o PSDB já negaram que a campanha de 2014 recebeu
dinheiro de corrupção.
Publicano
Em quatro fases de operação, a Promotoria de Defesa do Patrimônio
Público de Londrina denunciou quase 200 pessoas, entre auditores, empresários,
contadores e advogados, à Justiça por participação no esquema de cobrança de
propina e sonegação fiscal descoberto nas entranhas da Receita Estadual.
De acordo com as investigações, fiscais da Receita cobravam propina de
empresários e, em troca, concediam o “perdão” de dívidas fiscais a eles. Ou
seja, o empresário fazia o pagamento da vantagem indevida para deixar de
recolher impostos. Conforme levantamento preliminar feito pela Corregedoria da
Receita, o esquema causou um prejuízo de mais de R$ 100 milhões aos cofres do
Estado.
*Fonte: O Bonde
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