O Clima é tenso em Brasília; Policiais
federais foram a Câmara dos Deputados. A ação faz parte de uma operação
referente a inquéritos da Lava-jato que tramitam no Supremo Tribunal
Federal. Não se descarta que até o final do dia, Eduardo Cunha seja
preso. Conforme informamos; a Polícia
Federal começou o dia desta terça-feira (15 de dezembro) cumprindo um
mandado de busca e apreensão na residência oficial do presidente da
Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em Brasília.
A PF também
cumpriu mandados em endereços do peemedebista no Rio de Janeiro. A ação,
batizada de Catilinárias, faz parte das investigações da Operação Lava
Jato. Ao menos 12 policiais e três viaturas foram deslocados para a
casa de Cunha em Brasília, que fica na Península dos Ministros. Também
são alvos de mandados de busca e apreensão o deputado federal Aníbal
Gomes (PMDB-CE) e o senador Edison Lobão (PMDB-MA), também investigados
pelo Ministério Público Federal. A busca na residência de Cunha foi
autorizada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal
(STF), a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O
objetivo da operação é coletar provas nos inquéritos que apuram se o
presidente da Câmara cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro. Cunha já foi denunciado pela Procuradoria Geral da
República ao STF por corrupção e lavagem de dinheiro, devido à suspeita
de ter recebido pelo menos US$ 5 milhões por contratos de aluguel de
navios-sonda pela Petrobras. O Supremo ainda não decidiu se aceita ou
não a denúncia. O senador e ex-ministro Edson Lobão (PMDB-MA) teria
pedido, segundo delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa,
entregar R$ 2 milhões a Roseana Sarney para a campanha do governo do
Maranhão em 2010.
Na época que a denúncia veio à tona, a defesa do
senador informou que não se manifestaria. Documentos obtidos pelo
Jornal Nacional em julho, também apontam que o dono da construtora UTC,
Ricardo Pessoa, declarou que pagou R$ 1 milhão para Lobão no período em
que ele foi ministro de Minas e Energia. Pessoa afirmou que procurou
Lobão para pedir que houvesse ingerência política em favor dos
interesses do consórcio responsável pelas obras da usina nuclear Angra
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