Walter Pereira / Tribuna do Interior
Os
vereadores de Juranda, José Theodoro Alves Neto (PTB), Nelson Richard Pinto
(PSL) e Pedro Gonçalves (PMDB) foram presos em flagrante pela Polícia Civil de
Campo Mourão na tarde deste domingo (15) por tentativa de extorsão à
ex-prefeita do município, Leila Miotto Amadei (PPS), gestão 2006-2012.
Os vereadores exigiram à ex-prefeita um total de R$ 150 mil, R$ 50 mil para cada. Eles queriam R$ 75 mil com antecedência e o restante após a votação das contas na Câmara. O delegado chefe da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão, Nagib Nassif Palma, que participou do flagrante, informou que os três parlamentares responderão a crime de concussão, quando o servidor público, em razão do cargo, exige vantagem indevida. Se condenados, poderão pegar de dois a oito anos de prisão, e multa. Poderão ainda perder os mandatos e direitos políticos.
A ex-prefeita de Juranda, Leila Amadei informou que Pedro Gonçalves e
José Theodoro, que respondem pela Comissão de Finanças e Orçamento
da Câmara de Vereadores do município, procuraram um ex-funcionário dela
na semana passada, marcando um encontro na sexta-feira (13);em
Campo Mourão. "Quando esse ex-funcionário me ligou avisando já
imaginei que fosse para pedir dinheiro para aprovar minha prestação de
contas", disse a ex-prefeita. "A fala deles para o meu ex-funcionário é
que aprovariam minhas contas e que eu não precisaria me preocupar mais
e poderia seguir minha vida política", emendou.
Segundo Leila, os vereadores teriam informado ao seu ex-funcionário que o
prefeito de Juranda, Bento Batista (PTB), teria oferecido R$ 300 mil a eles
para reprovarem suas contas referentes ao exercício de 2009, que já haviam
sido aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR)
com a intenção de deixá-la inelegível para as Eleições do próximo ano.
A reportagem tentou ouvir Batista sobre o caso, mas ele não atendeu as
ligações.
A ex-prefeita informou também que os vereadores disseram que já estavam
providenciando junto ao contador da Câmara dois pareceres, um pela
aprovação e outro pela desaprovação e que iriam apresentar o parecer
de acordo com quem oferecesse o maior valor. "Eu achei isso um absurdo
e procurei o Gaeco em Maringá para denunciar", disse Leila.
Aprovada com ressalva
A ex-prefeita informou que as suas contas do exercício de 2009 foram
aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR)
com ressalvas por causa de alguns ajustes de contabilidade. Segundo ela,
a conduta da Câmara Municipal é sempre o de seguir parecer do Tribunal.
Fonte - www.itribuna.com.br
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